CARNAVAL EM SERRA DO SALITRE

Crônica de Claudia Ribeiro

Carnaval de Serra City Em pleno carnaval Serra City vive dias exatamente iguais á quaisquer outros. Desfiles, fantasias, confete e frevo só pela televisão e nas cidades vizinhas, aqui também continua a chuva e todas as simpatias para detê-las foram frustradas, todas as preces aos santos protetores dos “desguardachuvados” não foram atendidas. Passamos parte do carnaval com a chuvarada na cacunda, o jeito seria tomar um chá pra esquentar.

Na quarta-feira, dia da ressaca nacional meu humor também amanheceu nublado. Estou resfriado, desnutrido e ressacado, igual às cinzas da quarta-feira

Muitos dos nossos visitantes vão-se embora, enquanto os serralitrenses ficam ruminando a quaresma. Nessa época muitas promessas são feitas: não beber até o sábado de aleluia (porém beber até cair no sábado de aleluia) não cortar os cabelos, não comer carne, doce, não isso, não aquilo... Lobisomem e mulas-sem-cabeça não mais povoam nosso imaginário e já não assustam mais nossas crianças,nem poderiam depois de PEPPA PIG, e GAMY BER, monstros aterrorizantes só mesmo aqueles que nos roubam vidas no vídeo game. Bom, agora que estou “menos ruim” posso tomar o rumo de casa, pra voltar depois da quaresma, e trocar ovos de páscoa, ter uma overdose de chocolate...Ah! Como sofro. Cláudia Ribeiro